Maquiar sentimentos, fingir emoções, dissimular meus passos... Isso não é mais necessário, por que desfragmentei minha alma e dissolvi meu coração.
Sai de mim para vislumbrar a mim mesmo.
E maravilho-me em saber que conheço todos os meus artifícios.
Descubro através de caminhos eclipsadamente obscuros da minha mente que não existem limites reais para aquilo que antes só existia em minha imaginação.
Posso tornar tudo real se desejar.
Tenho o toque de Midas e faço tudo o que toco transmutar-se em ouro do meu prazer.
Quebro a taça do medo, que antes parecia ser de ferro, mas que ao cair no chão da minha coragem vidro fino e fraco se torna e meus pés endurecidos de experiência esmigalham o vidro do medo e transformam em pó, que inalado me dá força para acreditar que tudo posso vencer.
Não espero mais nada, por que esperar gera decepções, por tanto vou em direção ao antes temido desconhecido que agora se tornou meu excitante combustível.
Apenas aventuro-me, busco-me dentro de um labirinto eterno de sensações tão maravilhosas e perigosamente viciantes.
E lá encontro tudo o que sempre quis.
E continuo indo em frente.
Nada irá mais me deter, pois não tenho mais passado para amarrar-me.
E não existem obstáculos grandes de mais para mim, pois minha ousadia me dá a forma necessária para transpassá-los sem a menor preocupação.
Eu posso tudo, pois descobri que não há ninguém melhor do que eu mesmo.
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