E eis que disse o Senhor:
Que se um homem tiver fé ele poderá olhar para uma montanha e dizer: _Mova-se.
E a montanha ha de se mover, por que esse homem tem fé.
E eu tenho fé...
Mas não sei o que falar.
Não sei o que me move.
Não sei o que acontece dentro da alma das pessoas
Se eu disser que não doi, estarei mentido.
E se eu disser que acho que assim é melhor também...
Tudo é uma questão de vivencia e luta.
Mas também de persistencia.
Ao mesmo tempo que eu estou fraco é isso que há de me fortalecer.
E como fico forte!
Mas o caminho é dificil sozinho, eu tenho medo de ficar sozinho.
Eu gostaria de dormir e acordar pensando que isso foi um sonho, mas eu sei que isso não é.
Eu gostaria de ter o poder de austerar-me do sentimento que sinto doer agora... eu sei que preciso aprender com isso. E que não é um castigo e sim uma lição.
Eu poderia t pedir para ficar, mas seria muita crueldade.
Saiba que nada apaga a chama em mim... eu nao quero que a sua chama apague.
Vou viver os dias como verdadeiros milagres, e vou esperar que o verdadeiro milagre aconteça.
Enquanto isso eu devo sorrir mesmo sem querer.
Eu tenho que continuar o show... a platéia espera.
Todos tem tudo para serem felizes, todos os dias enquanto houver vida.
Eu serei feliz cada dia, pois um parte sua está comigo, não é o que me basta, mas é o que me fortaleçe.

"Segundo o escritor Jorge Luis Borges, a idéia do Zahir vem da tradição islâmica, e estima-se que surgiu em torno do século XVIII
Zahir, em árabe, quer dizer VISÍVEL, PRESENTE, INCAPAZ DE PASSAR DESAPERCEBIDO. Algo ou alguém que, uma vez que entramos em contato, termina por ir ocupando pouco a pouco nosso pensamento, até não conseguirmos nos concentrar em mais nada. Isso pode ser considerado santidade,ou loucura."

Faubourg Sait-Pères. - Enciclopédia do fantástico, 1953.

Por Tiago Tiger, 29/03/2000 in Love, as 01:40pm